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terça-feira, 1 de abril de 2008

Franklin Cascaes

Cultura – Cultura Popular – Folclore
Grande Florianópolis / SC



Cultura popular
Cultura na percepção individual ou coletiva da identidade exerce papel primacial para delimitar as diversas personalidades, os padrões de conduta e ainda as características próprias de cada grupo humano. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se perdem, outros se adicionam, em grandes velocidades variadas nas diferentes sociedades.
Cultura popular

Folclore Brasileiro
Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios e canções.
O Folclore Brasileiro é riquíssimo, um dos mais ricos do mundo. Para sua formação, colaboraram principalmente, além do elemento nativo (o índio), o português e o africano. Estes três povos constituíram, podemos dizer, as raízes de nossa cultura. Posteriormente, imigrantes de outros países, como Itália e Alemanha, deram sua contribuição ao nosso folclore, tornando-o mais complexo e mais rico. A tendência dos costumes de povos diferentes é, quando estes se relacionam de modo íntimo, construir expressões híbridas, ou seja, suas culturas se misturam, resultando em novas expressões de manifestação popular.
O Brasil, vasto qual um continente, apresenta regiões distintas, onde há diferença de intensidade das influências dos povos formadores. Por outro lado, cada região possui seu gênero de vida de acordo com o meio ambiente, o que influi, também, no folclore brasileiro.
A seguir, então, será narrada uma idéia geral dos vários desdobramentos do nosso folclore: Boitatá, Caipora, Cuca, Curupira, Mula-sem-cabeça, Negrinho do Pastoreio, Saci, Iara, Trava línguas, Cantigas de roda.

Grande Florianópolis / SC
O folclore na Região da Grande Florianópolis – SC é uma estratificação de costumes cujas origens estão ligadas as diversas etnias que formaram seu povo, como portugueses, os açorianos e madeirenses, alemães, italianos, negros e índios.
As manifestações coletivas da cultura popular, mantidas pela tradição no município são: Bandeira do Divino, Festa do Divino Espírito Santo, Boi-de-mamão, Pau-de-fitas, Terno-de-reis, Pão-por-Deus.

Franklin Cascaes
Frankin Cascaes foi um pesquisador da cultura açoriana, folclorista, ceramista, artista plástico, gravurista e escritor brasileiro. Dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições. Usou uma linguagem fonética para retratar a fala do povo no cotidiano. Seu trabalho somente passou a ser divulgado em 1974, quando tinha 54 anos. Em um de seus registros conta a Lenda da Pedra da Ponta do Papagaio no município de Palhoça, como mostra abaixo.



Lenda da Pedra da Ponta do Papagaio
Contou-me o João da Rosélia que lá pelos lados da Enseada do Brito, vivia um pescador que sempre lançava sua rede na praia da Pinheira e do Sonho, pois aquelas águas são muito piscosa e tinha muita tainha durante a temporada. Entre a ilha do Papagaio grande e a praia da ponta do Papagaio existia uma pedra que ficava a maior parte do tempo submersa, o que era um perigo para as canoas e baleeiras que vinham da praia do Sonho ou da Pinheira para a Enseada do Brito pois elas costumavam passar exatamente por este lugar. Um dia este pescador vindo da Pinheira com sua baleeira cheia de tainhas ao passar entre a Ilha do Papagaio Grande e a ponta do Papagaio não se lembrou da pedra. Então sua baleeira bateu nesta pedra fazendo com que perdesse todo o pescado que trazia e quase sua vida. Sua mãe tinha uma comadre rezadeira muito respeitada no lugar e queixou-se a ela. A rezadeira disse que iria fazer uma reza para aquela pedra. Lá se foi a rezadeira na baleeira dos amigos. Perto da pedra a baleeira parou e ela rezou. Benzeu, para que a ponta do papagaio chegasse ate a ilha, fazendo com que a areia engolisse a pedra, assim ela nunca mais partiria o barco de ninguém. E assim se fez, hoje em dia a ilha e a ponta estão ligada, e a dita pedra foi engolida pela areia e já nem se sabe mais onde fica a pedra.




Sala de Geo: Contribuições de Franklin Cascaes no registro do folclore ilhél. Dia do Folclore - 2008 - EEB SEn. Renato Ramos da Silva



Oficina de pintura e cerâmica: elementos folclóricos. Dia do Folclore - 2007 - EBM Pe João Alfredo Rohr


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