A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo – Max Weber
Max Weber na introdução da obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo” faz uma contextualização sobre a origem da peculiaridade do racionalismo ocidental, em especial a forma ocidental moderna.
Para tanto cita importantes avanços e desenvolvimentos científicos em outras civilizações (Índia, China, Babilônia e Egito) e que de certa forma não possuíam uma rigidez sistemática ou algum método racional. Dessa forma, muitos instrumentos e técnicas criadas por essas civilizações foram utilizadas de maneira mais intensa e usual pela civilização do ocidente. Segue uma citação: “Ma um tratamento racional, sistemático e especializado da ciência por especialistas treinados, em um sentido que se aproximasse de seu papel de domínio de cultura só existia no Ocidente” (pg.8).
O autor também aborda a validade da ciência que muitas vezes só tem sentido ocidental quando presente de um desenvolvimento universal com valor e significativo próprio. Este sentido que também só verdade dentro e para a civilização européia.
Alguns conceitos são centrais nesta parte do texto, como: Ocidente, Racionalismo, Estado, Vida Moderna e Capitalismo.
O termo Estado, como entidade política, é um conceito ocidental e moderno, que necessariamente
precisa de funcionário treinados. Essa junção de fatores aliado a fatores técnicos providos das ciências modernas (Ciências Naturais e sua base matemática) vão ser importante para o desenvolvimento do capitalismo com sua essência mais perversa. Pois há uma maneira ingênua de analisar o capitalismo, pelo lucro através de trocas.
Essa abordagem do autor é importante para mais adiante compreender as distinções entre a religião
católica e a protestante, e seus reflexos culturais e na formação socioeconômica de muitos países.
Referência:
WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Trad. M. Irene de Q. F. Szmrecsányi e
Tomás J. M. K. Szmrecsányi. 2ª Ed revis. São Paulo: Cengage Learning, 2009.
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